quinta-feira, 17 de junho de 2010

Tudo sobre Austrália

A Austrália (em inglês Australia), oficialmente Comunidade da Austrália (em inglês: Commonwealth of Australia) é um país do hemisfério sul, localizado na Oceania, que compreende a menor área continental do mundo ("continente australiano"), a ilha da Tasmânia e várias ilhas adjacentes nos oceanos Índico e Pacífico. O continente-ilha, como a Austrália por vezes é chamada, é banhado pelo oceano Índico, a sul e a oeste, pelo mar de Timor, mar de Arafura e Estreito de Torres, a norte, e mar de Coral e mar da Tasmânia, a leste. Através destes mares, tem fronteira marítima com a Indonésia, Timor-Leste e Papua-Nova Guiné, a norte, e com o território francês da Nova Caledónia, a leste, e a Nova Zelândia a sudeste.
Durante cerca de 40 000 anos antes da colonização europeia iniciada no final do século XVIII, o continente australiano e Tasmânia eram habitadas por cerca de 250 nações individuais de aborígenes. Após esporádicas visitas de pescadores do norte, e pela descoberta europeia por parte de exploradores holandeses em 1606, a metade oriental da Austrália foi alegada pelos britânicos em 1770 e inicialmente colonizada através do transporte de presos para a colônia de Nova Gales do Sul, fundada em 26 de Janeiro de 1788. A população aumentou de forma constante nos anos seguintes, o continente foi explorado e, durante o século XIX outros cinco grandes territórios auto-governantes foram estabelecidos.
Em 1 de Janeiro de 1901, as seis colônias se tornaram uma federação, e a Comunidade da Austrália foi formada. Desde a Federação, a Austrália tem mantido um sistema político democrático liberal estável e continua a ser um reino da Commonwealth. A população é um pouco mais de 21,7 milhões, com cerca de 60% concentradas em torno das capitais continentais estaduais de Sydney, Melbourne, Brisbane, Perth, Adelaide, e Darwin. A capital da nação é Camberra, localizada no Território da Capital da Austrália.
Tecnologicamente avançada e industrializada, a Austrália é um próspero país multicultural e tem excelentes resultados em muitas comparações internacionais dos desempenhos nacionais, tais como os cuidados de saúde, esperança de vida, qualidade de vida, desenvolvimento humano, a educação pública, a liberdade econômica, bem como a protecção de liberdades civis e direitos políticos. As cidades australianas também rotineiramente situam-se entre as mais altas do mundo em termos de habitabilidade, oferta cultural, a qualidade de vida. É um membro da ONU, G-20, Comunidade das Nações, ANZUS, da OCDE, bem como a OMC.
Etimologia
O nome Austrália vem da palavra em latim australis, que significa "do sul", e sua origem data de lendas do século II de "terra desconhecida do sul" (terra australis incognita). O explorador Matthew Flinders deu o nome para o lugar de Terra Australis, que mais tarde foi abreviado para a forma actual. Anteriormente, quando os holandeses exploraram a área chamaram-na de Nova Hollandicus ou Nova Holanda. Flinders mais tarde renomeou a terra para Australia, em 1804, enquanto estava preso pelos francese sem Maurícia. Quando retornou à Inglaterra e publicou seus trabalhos, em 1814, foi forçado a trocar o nome para Terra Australis pelo almirantado britânico. Tomando conhecimento da preferência de Flinders por Austrália, o governador Lachlan Macquarie, de New South Wales, começou a usar o nome em seus despachos para a Inglaterra. Em 1824 o almirantado britânico finalmente aceitou que o continente deveria ser conhecido oficialmente como Austrália.
A palavra Austrália é pronunciada localmente como AFI: [/əˈstɹæɪljə/] ou AFI: [/əˈstɹæɪjə/] (IPA). Um costume muito popular entre os falantes da língua inglesa é chamar os australianos (australians) de aussies (lê-se "ózis").
História
Ver artigos principais: História da Austrália e Descoberta da Austrália.
A Austrália faz parte do continente mais novo do mundo - a Oceania. Apesar de ser habitada por aborígines há mais de 40 mil anos, somente há dois séculos iniciou-se sua colonização por europeus. Geograficamente para o mundo, a Austrália era um continente invisível, uma vasta terra que estranhamente foi desconsiderada pelos cartógrafos sem nada que justificasse a sua ausência nos mapas-múndi.
Segundo algumas versões, portugueses e holandeses, bem como outros povos, passavam ao largo da costa e, no entanto, nunca acharam convidativa uma possível colonização.
Dois séculos depois o capitão inglês James Cook foi enviado para fazer uma expedição científica neste desconhecido lugar. Conta a história que a 28 de Abril de 1770, após circunavegar o continente, ele finalmente desembarcou na costa leste australiana. Continuou viagem para norte, e, a 22 de Agosto, proclamou a posse do território, a que se deu o nome de New South Wales, (Nova Gales do Sul). Iniciava-se assim a colonização inglesa da Austrália, no começo feita apenas com o objectivo de "esvaziar" as cadeias britânicas. Os condenados, após cumprirem a sua pena em solo australiano, recebiam uma pequena parcela de terra, desde que não houvesse habitantes nativos nelas. Aos poucos foi-se ampliando o domínio dos ex-saqueadores ingleses naquele vasto e desprotegido continente, até, por volta de 1950, o censo mundial estimar a população australiana em menos de 5 milhões de habitantes.
O país é uma nação multicultural que recebeu e recebe imigrantes desde o início do processo de colonização européia de forma efetiva e duradoura, no século XVIII, pelo Reino Unido. Por isso, a maioria étnica da população é de origem britânica, porém é significativa a presença de outras minorias étnicas, como gregos, asiáticos e os marginalizados nativos (restam 2% do total da população), dizimados pela implantação da "moderna" sociedade branca européia. A Austrália tornou-se independente do Império Britânico em 1942, mas faz parte da Commonwealth (Comunidade Britânica das Nações).
Geografia

De longe, a maior parte da Austrália é composta de desertos ou zonas semi-áridas — 40% da massa terrestre está coberta por dunas de areia. Só os cantos sudeste e sudoeste têm clima temperado e um solo moderadamente fértil. A parte norte do país tem um clima tropical: parte é floresta tropical, parte são pastagens e parte é deserto como, por exemplo, o Deserto do Outback.

Zonas climáticas da Austrália de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger.
Enquanto a maior parte do país se caracteriza pelo clima subtropical seco, as regiões situadas, de uma maneira geral, ao norte do Trópico de Capricórnio possuem clima tropical com a estação chuvosa nos meses de verão. A costa oriental, por sua vez, recebe chuvas de monção. Grande parte da costa sul confronta com a Grande Baía Australiana, de mais de 1200 km de amplitude.
A Grande Barreira de Coral, maior recife de coral do mundo, situa-se a pouca distância da costa nordeste e estende-se por mais de 1200 quilómetros. O Uluru (conhecido como Ayers Rock até 1986) é o maior monólito do mundo e situa-se na Austrália central. A vegetação em geral é de savanas e temperadas (eucaliptos), e sua fauna é uma consequência direta de seu milenar isolamento geográfico.
Formada por um imenso bloco conquistado à costa, a Austrália é um pouco variada em termos de relevo e de paisagem. Dois terços do país são ocupados pelo Escudo Australiano, uma vasta planície desértica cuja monotonia só é quebrada por montanhas pouco elevadas e alguns cumes arredondados, isolados no meio das planícies. A leste deste Escudo, a Grande Bacia Artesiana estende-se entre o golfo de Carpentária e o lago Eyre, que neste último encontra-se abaixo do nível do mar em quinze metros (-15 m). É nesta grande depressão que se encontram as reservas subterrâneas de água e a única bacia fluvial com alguma importância: o Murray-Darling.

Imagem de satélite da Austrália.
Ocupando toda a parte oriental, da península do Cabo York à Tasmânia, surge uma sucessão de modestas montanhas e planaltos, que constitui a Cordilheira Australiana. Esta prolonga-se para sueste através dos Alpes australianos, nos quais se encontram os cumes mais altos do país, como por exemplo o Monte Kosciuszko, que tem 2.228 metros de altura, o ponto mais alto do continente-ilha, tendo em vista que o ponto culminante em geral encontra-se no Pico Mawson (2745 m), no território ultramarino de Ilha Heard e Ilhas McDonald (centro da Ilha Heard), situado no centro sul do Oceano Índico.
Fauna e flora


Placa indicando a passagem de cangurus em uma estrada australiana. O canguru é um dos animais-símbolos da Austrália.
A Austrália tem grande diversidade de fauna e flora, já que boa parte do país é desértica ou semi-árida, mas também existem diversas regiões onde o clima é mais ameno. Existe um órgão federal com o fim de proteger a fauna e a flora australianas. Uma importante particularidade da fauna australiana é a ocorrência de diversas espécies marsupiais.
O isolamento da Austrália tem favorecido a evolução de uma fauna que não se parece com nenhuma outra do planeta. A mesma caracteriza-se, sobretudo, pela presença de marsupiais (animais com uma bolsa para as crias) entre os quais destacam os cangurus, wallabees ou coalas(alimentam-se exclusivamente de folhas de eucaliptos), wombats ou topos marsupiais. Os mamíferos marsupiais desapareceram no resto dos continentes ao sucumbir à supremacia dos mamíferos placentários (os marsupiais finalizam a gravidez no exterior, em uma bolsa onde a mãe tem um mamilo interno para alimentar o filhote). Destacam espécies como o ornitorrinco, próprias e exclusiva do país, a equidna e o tamanduá espinhoso. Quanto à fauna marítima encontram-se baleias, golfinhos, pinguins, lobos-marinhos, focas de diversas espécies e tipos aquáticos. Quanto aos carnívoros, o país conta com uma só espécie, o dingo, ou cão selvagem. Crocodilos só existem nas zonas tropicais. O diabo espinhoso oferece um aspecto feroz, mas na realidade trata-se de um animal de menos de 20 centímetros de comprimento e é totalmente inofensivo. No sul da Tasmânia pode-se admirar um estranho animal chamado Diabo da Tasmânia, um carnívoro marsupial parecido com a raposa. Quanto à ornito-fauna, é rica e variada com mais de 650 espécies, destacam os pássaros lira ou pássaros do paraíso, papagaios, casuarws, cisnes pretos, louros e emus.

Um coala em um eucalipto, um par icônico da Austrália.
Nem todos os animais são nativos da Austrália. Os camelos foram trazidos do Afeganistão para trabalhar no deserto; porcos, cavalos e coelhos foram enviados também ao continente, e assim, um grande número de outros animais chegaram à Austrália. Isto significou uma problemática alteração do meio ambiente, prejudicando o homem e os animais naturais que já lá estavam; muitas espécies desapareceram, embora agora se estejam a realizar trabalhos de proteção para moderar os destroços.
A flora da Austrália caracteriza-se pelo reduzido número de formas e pela alta percentagem de espécies endémicas e espécies típicas exclusivas de cada área. Na zona da Cordilheira Australiana encontram-se bosques de eucaliptos, acácias, cedros e pinheiros, enquanto nas terras baixas predominam a savana, as pradarias e a vegetação própria da estepe. Nas regiões mais áridas e nos desertos prevalece uma flora espinhosa conhecida como "scrub". Porém, na região do oeste existem mais de 6.000 variedades de flores, que desabrocham entre os meses de Setembro e Novembro. Mesmo assim, não se deve esquecer que na Austrália os corais e as madrepérolas atingem o seu maior desenvolvimento.
Por outro lado, deve-se dizer que Austrália foi o primeiro país a declarar uma determinada zona como parque nacional no ano de 1879. O país conta com zonas declaradas Patrimônio Mundial, como a Grande Barreira de Coral, o Uluru (Ayers Rock), os Bosques Pluviais de Queensland, a Ilha Fraser ou os vales do sudeste da Tasmânia, entre outras muitas zonas. A Austrália conta
A Austrália é um país de imigrantes, sendo 23,1% da sua população formada por estrangeiros. A maior parte da população é descendente de imigrantes ingleses e irlandeses que se mudaram para o país nos séculos XIX e XX. Isso acontece porque o crescimento vegetativo da população é muito baixo (pois o número de nascimentos é cada vez menor) e o governo atrai imigrantes, em virtude da sua reduzida população. Segundo estimativas, a taxa média de crescimento populacional do país vem se mantendo aos 1,4% ao ano.
Importantes grupos étnicos minoritários incluem chineses, indianos, vietnamitas, italianos, gregos, irlandeses, franceses e alemães. A população aborígene está restrita à 366.436 indivíduos, representando menos de 1% da população australiana.
Nos últimos anos vem se verificando um grande aumento da população idosa e uma retração na porcentagem de crianças sobre a população:
0-14 anos: 19,6% (meninos 2 031 313/meninas 1 936 802)
15-64 anos: 67,3% (homens 6 881 863/mulheres 6 764 709)
65 anos ou mais: 13,1% (homens 1 170 589/mulheres 1 478 806) (est. 2006)
Política

O parlamento australiano em Camberra.
Ver artigo principal: Política da Austrália
A Austrália é uma monarquia constitucional. O chefe de estado é a rainha Elizabeth da Grã-Bretanha, representada pelo governador geral australiano. O governo emana de um Parlamento eleito por sufrágio universal.
O Parlamento Federal é composto pelo Senado e pela Câmara dos Representantes. O primeiro-ministro, atualmente Kevin Rudd, é o líder do partido político com maior número de deputados na Câmara dos Representantes, da qual são ainda selecionados os outros ministros.
O Senado é composto de 76 membros, com representação igual para todos os estados, como no Senado dos Estados Unidos. Um estado elege doze senadores, mas um território (como o Território do Norte ou o Território da Capital Australiana) pode eleger somente dois senadores.

Residência oficial do Governador-Geral da Austrália.
A Câmara dos Representantes, cujo modelo é a Câmara dos Comuns na Grã-Bretanha, é composta de 148 membros. A representação dos estados nesta Câmara é determinada pelo tamanho da sua população, mas cada distrito eleitoral tem somente um membro. O Senado tem o poder de modificar os projetos de lei da Câmara dos Representantes, que inclui assuntos fiscais. Em 1975, houve uma crise constitucional, quando o Senado não aprovou o orçamento do governo trabalhista de Gough Whitlam. A paralisia legislativa resultou na demissão do primeiro-ministro pelo governador-geral, Sir John Kerr.
Este ato controverso pelo representante da Rainha, contribuiu para o apoio crescente para uma república, mas no referendo de 1999, houve divisões entre os republicanos sobre a questão da escolha do presidente. Embora muitos australianos apoiassem a declaração de uma república, desejavam um presidente escolhido por eleição direta, não por nomeação do Parlamento Federal.
Subdivisões
Ver artigos principais: Subdivisões da Austrália e Estados e territórios da Austrália.
Estados e territórios da Austrália
A Austrália é formada por seis estados - Nova Gales do Sul, Queensland, Austrália do Sul, Tasmânia, Victoria, Austrália Ocidental e dois territórios, o Território do Norte e Território da Capital da Austrália (TCA). Na maioria dos aspectos, estes dois territórios funcionam como os estados, mas o Parlamento da Comunidade pode substituir toda a legislação dos respectivos parlamentos. Em contrapartida, a legislação federal apenas substitui a legislação do estado em determinadas áreas que são definidos no artigo 51º da Constituição da Austrália.
Cada estado e território continental importante tem a sua própria legislação ou parlamento: unicameral no Território do Norte, no TCA e em Queensland e bicameral nos demais estados. Os Estados são soberanos, embora sujeitos a certas competências da Comunidade, tal como definido pela Constituição. A câmara baixa é conhecida como a Assembleia Legislativa (Casa da Assembleia na Austrália do Sul e Tasmânia) e a câmara alta é conhecida como Conselho Legislativo. O chefe do governo em cada estado é o Primeiro-Ministro e em cada território, o Ministro-Chefe.
O governo federal administra diretamente os seguintes territórios:
Território da Baía Jervis, uma base naval e um porto marítimo para a capital do país que anteriormente era parte da Nova Gales do Sul;
Ilha Christmas e Ilhas Cocos (Keeling);
Ilhas Ashmore e Cartier;
Ilhas do Mar de Coral;
Ilha Heard e Ilhas McDonald;
Território Antártico Australiano (suspenso pelo Tratado da Antártica).
A Ilha Norfolk também é, tecnicamente, um território externo, no entanto, sob a lei de 1979 da Ilha Norfolk, quando foi concedida mais autonomia à ilha e um governado local regido por sua própria assembleia legislativa.

Economia
A Super Pit em Kalgoorlie, a maior mina a céu aberto da Austrália.
A economia australiana é uma das maiores e mais avançadas do mundo. Mesmo tendo somente uma população estimada em 21 milhões de habitantes é atualmente a 17ª maior economia do mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional. Esta é muito diversificada: a indústria desenvolve atividades ligadas ao setor primário, como a produção de alimentos, principalmente na produção de gado ovino e de seus derivados, como lã. As fazendas do interior do país são modernas e avançadas, produzindo diversos materiais in situ. Elas formam o arcabouço da economia australiana. Além de vinhos, tabaco, trigo e a exploração mineral, as atividades que exigem maior tecnologia, como a indústria de máquinas e equipamentos, a indústria química, metalúrgica, siderúrgica e petroquímica. O setor de serviço tem o maior peso, principalmente pelo fator turístico. A indústria e a agricultura representam um importante papel. As exportações australianas também incluem bens alimentícios, como carne e trigo, e minérios, como bauxita, chumbo, níquel, manganês, além de ouro e prata.
O dólar australiano é a moeda da Comunidade da Austrália, incluindo a Ilha Christmas, Ilhas Cocos, e Ilha Norfolk, bem como os países independentes de Kiribati, Nauru e Tuvalu. A Australian Securities Exchange e a Sydney Futures Exchange são os maiores bolsas de valores da Austrália.

Centro financeiro de Sydney à noite.
A Austrália é uma das economias capitalistas mais laissez-faire, de acordo com índices de liberdade económica. O PIB per capita da Austrália é ligeiramente superior ao do Reino Unido, Alemanha e França, em termos de paridade do poder de compra. O país foi classificado em segundo lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU de 2007, e em sexto na "Lista de qualidade de vida" mundial do The Economist em 2005. Todas as principais cidades da Austrália estão bem no mundial nos inquéritos comparativos de vivibilidade; Melbourne chegou em 2 º lugar na lista de cidades mais habitáveis do mundo do The Economist em 2008, seguido por Perth em 4º, Adelaide em 7º, e Sydney 9º. A ênfase sobre a exportação de matérias-primas e não manufacturados tem apoiado um aumento significativo em termos de comércio da Austrália durante a subida dos preços das matérias, desde o início do século. A Austrália tem uma balança de pagamentos que é mais do que 7% do PIB negativo, e teve o déficit em conta corrente persistentemente elevado há mais de 50 anos. A Austrália tem crescido a uma taxa média anual de 3,6% durante mais de 15 anos, um período em que a média anual da OCDE foi de 2,5%. A economia australiana pode cair em recessão em 2009 após 17 anos de crescimento, de acordo com o FMI.
A Austrália faz parte do tratado internacional APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation), um bloco econômico que tem por objetivo transformar os países à volta do Pacífico em uma área de livre comércio, e que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania.

Cultura
O Royal Exhibition Building, em Melbourne, a primeira construção na Austrália a ser classificada como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2004.
Muito da cultura da Austrália é derivada de raízes européias e mais recentemente americanas, mas características australianas distintivas evoluíram do ambiente, cultura aborígene e a influência de vizinhos da Austrália. O vigor e originalidade das artes em filmes da Austrália, ópera, música, pintura, teatro, dança, e artes – estão alcançando reconhecimento internacional.
A base da cultura australiana foi anglo-saxônica até meados do século XIX. Durante os últimos 50 anos, sua cultura foi muito influenciada pela cultura estadunidense (principalmente na televisão e no cinema) devido à imigração de pessoas vindas de outros países.
O país tem uma longa história referente às suas artes visuais desde a época das pinturas rupestres. O assentamento europeu na paisagem australiana tem sido um tema comum na arte nacional, o qual se tornara muito evidente.
As tradições no tempo dos povos aborígines têm sido transmitidas majoritariamente de forma oral, muito relacionada às cerimônias e histórias antigas. A música, as danças e a arte do povo aborígine australiano têm tido uma notável influência nas artes. A Austrália tem uma ativa tradição de música, balé e teatro.
Sua literatura também é influída pela paisagem do estado. O caráter da Austrália Ocidental tem reafirmado a literatura do país e repercutiu em sua etapa moderna.
Por ter sido uma colônia de povoamento britânico, sua população se compõe basicamente de europeus, como ingleses, irlandeses, escoceses, entre outros. Antes da colonização europeia, em 1788, a maior parte de sua população era composta de aborígines. Hoje, esse número corresponde a apenas 1%.